O gato expele as mandíbulas com a força de toda a sua matéria. O todo não é o absoluto e o gato leva dias nisto, nesta luta incessante entre um ser que é tudo e um parasita que nem respirar ou dormir permite.
E nós morremos por isto. Morremos todos os dias milhões de vezes quando resvalamos no abismo do nada e o nosso todo é impotente.
Há bichos-nada piores que tudo, que todo o nosso ser.
E nós morremos por isto. Morremos todos os dias milhões de vezes quando resvalamos no abismo do nada e o nosso todo é impotente.
Há bichos-nada piores que tudo, que todo o nosso ser.
Vejo-o ainda espernear, vagabundeando por entre as divisões com a estranheza de quem conhece mas vê tudo com novos olhos.
1 comentário:
Formidável... Excelente representação do que somos. Pretenciosos... E impotentes... Uma antítese que explica o quão somos confusos... Ou, pelos menos... A nossa estranha fobia de nos encararmos à luz da realidade. Continua, estou ansioso pela próxima prosa ;)
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