Incautos cérebros azuis, escarlates.
São crianças chorando
Ao sabor da espada aérea,
Que desce e enviesa na terra fértil.
Significados rolando por toda a parte,
aleatórios.
Barthes chora por isto,
por não poder assistir, incrédulo,
a tudo isto,
a pontos ministeriais que captam a retina
movem-na até esse ponto central, focal.
focam-na!
Crepúsculo esvaído em sangue,
que no acto do corte se afoga
no vermelho lânguido
que flui, descendente.
As lâminas retomam o trabalho sensorial,
sensuais sabres ordenados padres
trazem o Apocalipse.
Céu, arranha-céus, prédio, casa, campo, flor.
A verticalidade desemboca no oceano
e o sangue funde-se ao azul-marinho das sereias.
fotografia de Roland Barthes
1 comentário:
do caralho!
principalmente o final.
abs
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