Prendo-te as mãos ao peito,
Elas caíam de outra forma.
Há muito tempo deixou de fluir sangue,
Divino vinho do corpo,
Por esse corpo árido, sem uvas.
Rebolarem pelo teu corpo
(passarem pelo ventre originário, precursor: éden)
E caírem num chão que,
De tão fecundo as destrua,
Tornando-as úteis, funcionais.
Mãos em concha, juntas.
São ligação Deus – músculo sagrado
(coração, fibra primeira)
Inúteis na criação,
Na vivência desmesurada.
2 comentários:
Muito bom. Grande abraço.
obrigado por me ter mostrado este espaço. tomo a liberdade de o linkar.
gostei muito.
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